segunda-feira, 27 de junho de 2011

Gaspar da Gama.


Gaspar da Gama: A sua história é fascinante. Comerciante, foi uma das personagens mais curiosas e exóticas da esquadra de Pedro Álvares Cabral. Apesar de não ser o único poliglota na esquadra que descobriu o Brasil, foi considerado o «língua da frota», o intérprete que traduziu as negociações comerciais entre portugueses e indianos

(1444-1510/1520)
Poznan, Polónia

Gaspar da Gama foi um comerciante que actuou como intérprete e prestou vários serviços aos portugueses nas Índias, onde foi encontrado por Vasco da Gama. Era conhecido por falar várias línguas do Oriente e do Ocidente.Navegou com diversas esquadras portuguesas entre a Europa e as Índias, inclusive com a esquadra de Pedro Álvares Cabral. Foi certamente um dos primeiros europeus a desembarcar no Brasil e a tentar comunicar com os índios tupiniquins.

O seu nome original é desconhecido. Aparece com o nome deGaspar da Gama ou Gaspar das Índias nas crónicas e relatos dos descobrimentos portugueses escritos por Gaspar Correia,Fernão Lopes de Castanheda, Jerónimo Osório, Damião de Góis e Álvaro Velho no entanto era conhecido pelos indianos como Mahmet. Algumas fontes mais recentes confundem-no com um navegador português que comandou um dos navios da frota que descobriu o Brasil. Outras fontes ainda o chamam de Gaspar d'Almeida face à sua amizade com Francisco de Almeida, 1º vice-rei da Índia. Existem várias versões sobre sua vida antes de encontrar Vasco da Gama nas Índias. O cronista Gaspar Correia conta que, ao ser encontrado pelos portugueses, Gaspar da Gama era capitão-mor da esquadra de Adil Xá, o sultão deBijapur, governador árabe de Goa, na Índia. Damião de Góisafirma que Gaspar da Gama era natural da cidade de Poznan, no reino da Polónia e que, nesta época, não falava espanhol, mas italiano, ou seja, a língua véneta, idioma muito utilizado nos centros comerciais do Oriente que recebiam europeus. João de Barros relata que o próprio Gaspar da Gamalhe contou que seus pais eram de Poznan na Polônia. Quando os judeus foram expulsos da cidade, seus pais emigraram para Jerusalém e depois para Alexandria, onde Gaspar da Gamanasceu.

Elias Lipiner estudou a documentação dos cronistas portugueses da época das grandes navegações e considerou a versão de João de Barros como a mais fiel aos factos, sugerindo queGaspar da Gama tenha nascido em Alexandria, Egipto por volta de 1458. Seguindo rotas comerciais conhecidas pelos judeus da época, ele deve ter chegado muito jovem às Índias onde se estabeleceu como comerciante. Já o historiador Arnold Wiznitzer acha mais provável que ele tenha mesmo nascido emGranada como conta o cronista Gaspar Correia, que morou nas Índias e é quem mais apresenta detalhes sobre Gaspar da Gama. Uma outra versão diz que Gaspar da Gama nasceu perto do ano de 1440 na região da Bósnia (talvez por confusão com o nome de Poznan), que, ainda menino, migrou para a Alexandria e, por volta de 1470, mudou-se para as Índias.

Quando a primeira esquadra portuguesa chegou às Índias aportou na ilha de Angediva, no Oceano Índico, a cerca de 20 Km da costa de Goa, Gaspar da Gama, sem ser convidado, apresentou-se na nau de Vasco da Gama e pediu alegremente permissão de ir num navio seu, para visitar Espanha. Era então um homem de mais de 50 anos, idade avançada para a época, com barbas brancas, bem mais alto e claro que os indianos da região. Conforme relato do escrivão da frota portuguesa, Álvaro Velho, Gaspar da Gama disse que «trabalhava para um poderoso senhor dono de um exército com mais de 40 mil homens de cavalo, e que ao saber da chegada dos estrangeiros pediu ao patrão que fosse vê-los. Se não deixasse morreria de tristeza». Alguns comerciantes cristãos, considerados os mais confiáveis, contaram ao portugueses queGaspar da Gama era um «espião» e que preparava um ataque de surpresa. Ao saber disto, Vasco da Gama mandou açoitar o visitante e interrogá-lo sob tortura. Depois, Gaspar da Gama contou ser judeu de Granada convertido ao cristianismo, que tinha viajada para a Turquia e Meca e depois para as Índias, e que não havia qualquer plano de atacar os portugueses. De seguida, Vasco da Gama passou a confiar mais no prisioneiro. Vasco da Gama manteve Gaspar da Gama como prisioneiro e levou-o na viagem de volta para Portugal, talvez considerando que seus conhecimentos sobre o Oriente seriam úteis nas próximas expedições. Durante o longo retorno, Gaspar da Gama acabou tornando-se amigo dos portugueses e, especialmente deVasco da Gama. Quando foi baptizado no ano seguinte, Vasco da Gama foi seu padrinho e deu lhe o seu próprio sobrenome. O primeiro nome, Gaspar, provavelmente foi escolhido como referência às suas origens, pois é o nome de um dos três Reis Magos que vieram do Oriente para visitar Jesus.

O rei D. Manuel gostou de Gaspar da Gama e passou a chamá-lo frequentemente à corte para ouvir suas estórias sobre as terras e costumes do Oriente. Havia ainda a desconfiança de que Gaspar da Gama fosse um espião árabe, mas os portugueses reconheciam o seu valor, pois, além de ter comerciado em alguns de seus centros comerciais das Índias, também falava latim, árabe, italiano, castelhano, português e algumas línguas das Índias. Devido a isto, o rei D. Manuel nomeou-o conselheiro e intérprete da esquadra que foi para as Índias comandada por Pedro Álvares Cabral.
Sempre com uma touca na cabeça e vestido com roupa branca de linho, Gaspar da Gama foi uma das personagens mais curiosas e exóticas da esquadra de Pedro Álvares Cabral. Apesar de não ser o único poliglota na esquadra que descobriu o Brasil, foi considerado o «língua da frota», o intérprete que traduziu as negociações comerciais entre portugueses e indianos, assim como os encontros do comandante Pedro Álvares Cabral com os rajás.

Arnold Wiznitzer e Elias Lipiner dizem que Gaspar da Gama foi o primeiro judeu a aportar no Brasil pois estava com Nicolau Coelho no primeiro bote que se aproximou das praias brasileiras e tentou comunicar com os «índios tupiniquins» utilizando as línguas da Índias, árabe e hebraico. Outro intérprete da frota que tentou falar com os locais, sem sucesso, foi Gonzalo Madeira, de Tânger, talvez um cristão-novo judeu ou muçulmano. Nas Índias, Gaspar da Gama cumpriu a sua missão sem trair os portugueses em qualquer momento. Os seus serviços de intérprete e conhecimentos de geopolítica e costumes das Índias foram importantes nos encontros comerciais de portugueses e indianos em Calecute e Cochim.

Cortesia de pedrodealbuquerque.wordpress
A mudança dos nomes de Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruzpara Brasil é atribuída por alguns a Gaspar da Gama e Fernão de Noronha, ambos de origem judaica. Entretanto, tal facto não têm base histórica. O que ocorreu foi devido ao intenso comércio de pau-brasil.
Participou nas Índias em expedições dos portugueses que tentaram conquistar Ormuz em 1508 e Calecute em 1510, época em que alguns supõem que ele tenha morrido. Outros consideram que ele tenha regressado a Portugal onde morreu. Alguns dizem que sua morte ocorreu entre 1510 e 1515, ou até em 1520, com quase oitenta anos de idade.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Homilia. 113 anos de Juventus.


12/05/2011.

Sejam todos bem vindos nesta celebração importante para nos.
113 anos de União Juventus e 140 anos de imigração dos poloneses para Paraná.
Pena que conosco não está padre Jorge Morkis, ele que sempre acompanhava Juventus e acompanhava nos momentos mais difíceis. Agora é fácil.
Por causa de viagem, também não pode ficar conosco Arcebispo de Curitiba Dom Moacir Vitti.

*

Hoje celebramos festa de Pentecostes, festa do Divino Espirito Santo.
Jesus terminando sua missão na terra, subiu ao céu mas como disse antes, que não vai nos deixar sozinhos. Que vai enviar Espírito Santo para iluminar-nos, dar a força, coragem e a paz. Até repetiu duas vezes: "A paz esteja convosco".

Espirito Santo desceu sobre igreja reunida no senáculo, junto com Maria. Desceu porque eles esperavam. Esperavam unidos e em oração.

I nos, como apóstolos, se vamos ser unidos e na oração, reflexão, junto com Maria, Nossa Senhora de Czestochowa /como com carinho chamamos/, podemos ter certeza que Deus não vai nos esquecer. Que vai enviar Divino Espirito Santo para nos iluminar, dar força, coragem, paz.
Que descobrirmos caminho neste mundo e neste tempo para chegar não só 113 anos como União Juventus mas muito, muito mais. Deixando bonita herança para futuras gerações.

113 anos que hoje celebramos incentivam nos para olharmos este tempo que passou.
Com certeza tinha muitos momentos bonitos. Tinha e momentos difíceis especialmente nos últimos anos.
Quereria lembrar o que disse Senhora Joice na inauguração de sede de União Juventus:

"Juventus surgiu hoje como Fenix das cinzas". Como surgiu como Fenix ?

Melhor escreve isto Senhor Leopoldo Sokolowski:

"Após uma faze desastrosa, na qual víamos se esvasiar o patrimônio da sociedade com a venda da primeira Sede Social à rua Carlos de Carvalho/antiga sede de Junak/, casa em Caiobá, chácara na BR 277, Golfinho, com dívidas que ultrapassavam os 15 milhões de Reais/na verdade 18 milhões/, com centenas de ações em julgamento, com leilões marcadas seguidamente para liquidação total do patrimônio. Tudo parecia se encaminhar para o desastre total.

Grande parte dos associados deixou pagar as suas contribuições e sociedade perdia o crédito. Somente não foram leiloados a Sede Central/avalhada em 600 mil Reais/,por na última hora terem sido feitos acordos com pagamento parcial por recursos arrecadados entre conselheiros, principalmente pelo presidente Marian Kurzac e vice, vereador Tito Zeglin."

Hoje conforme avaliação de capital de União Juventus, patrimônio é avalhado para mais que 56 milhões Reais. /nunca tinha tanto/. Tudo podem ver nos arquivos de Sociedade União Juventus.
Milagres existem, União Juventus hoje é sinal disto.

Não vou falar detaliadamente sobre história de União Juventus porque faltaria de tempo. Só quereria refletir sobre palavra UNIÃO. Juventus surgiu com união das varias organizações polonesas.

Socios desta organização Senhores Paulo Filipak e João Krawczyk escreveram livro FASTOS da Sociedade União Juventus. Fascículo I e Fascículo II


Mais importantes foram:

- Sociedade de Ginástica Falcão.
- Círculo da Mocidade Polonesa.
- Sociedade Santo Estanislau.
- Sociedade União Polonesa.
- Sociedade de Educação Física JUNAK
- Associação de Estudantes Sarmátia.
- Sociedade Beneficiente e Recreativa UNIÃO.
- Sociedade de Educação Física JUVENTUS.

e muito mais pequenas organizações. Cada destas organizações maiores tinha miliares dos socios e atuava por muitos anos. Herança que não podemos esquecer e perder.

Povo sem Memória é Povo sem Futuro.

Aqui temos arquivos, memorias. Não vou falar sobre todos arquivos, só algumas importantes que em nenhum lugar encontram.

- Vos Saporski, pai de imigração polonesa no Brasil. /carta/
- Antonio Zielinski, padre que graças a conhecimento com Corte Real e Dom Pedro II - levaram primeir grupo dos imigrantes estabelecidos em Santa Catarina /sixten lotes/para Paraná, Curitiba. /carta/
- documentos sobre Cardeal Mieczyslaw Halka Ledochowski /papa vermelho/, interrex - incentivador de imigração para o Brasil, responsável pela diplomacia de Vaticano para Portugal e América Latina. /Papa Preto/ General dos Jesuítas - Wlodimir Ledochowski. Parente do primeiro.
Todos atuavam no tempo quando chegaram primeiros imigrantes poloneses para o Brasil./Se só coincidência ? /cartas/. Um dia Rui W. maior historiador de imigração, disse que precisava toda história de nossa imigração escrever deste momento.
- pe. Lodovico Przytarski, idealisador de Nova Polônia /distrito/ e Czestochowa Paranaense.
Não todos sabem que lugar onde nos ficamos antes desde rio Barigui até Ferrarai hoje parte de Campo Largo - chamava-se Nova Polônia. Como temos tantos nomes no mundo: Nova Roma, Nova Alemanhã, Novo Friburgo etc,etc,
- pai das escolas polonesas, Hierônimo Durski.

E muito mais. Até sobre tropeiros, índios, ferroviários, pouco e sobre imigração italiana, alemã. É bonito quando gente junto em União sentam, conversam, refletem um aprende do outro. E podemos ter certeza que Deus nos não abandona. Ele nos ilumina da força, coragem, paz para descobrirmos caminho nesta vida que leva todos à pátria celeste. Amém.