POLONESES: 139 ANOS EM SANTA CATARINA
Nazareno D. Angulski – Pesquisador da Imigração Polonesa em S.C.
e.mail:nazada@terra.com.br
Florianópolis - SC - 48-3225-3829
A colonização oficial do Estado de Santa Catarina sob a orientação do Governo Imperial, teve a participação de colonos de várias nacionalidades, destacando-se numericamente os Alemães, Italianos, Portugueses, Poloneses, Austríacos, Ucranianos e Letões, que revelaram concomitantemente maior capacidade de fixação. A esta mistura de povos, devemos acrescentar os Gregos, Japoneses, Árabes, Espanhóis e Africanos.
Os Poloneses começaram a desembarcar em Santa Catarina , a partir do mês de Agosto de 1869. Viajando no vapor “VICTÓRIA” um total de 16 famílias da Aldeia de Siolkowice, Região da Alta Silésia, que na oportunidade se encontrava sob o domínio prussiano, desembarcaram no porto de Itajaí e foram estabelecidas na colônia Príncipe Dom Pedro, atual município de Brusque.
O Estado de Santa Catarina foi o que recebeu o menor contigente de imigrantes poloneses, dentre os estados do Brasil Meridional. As correntes imigratórias polonesas se localizaram em áreas novas ou periféricas das colônias então existentes, seguindo em muitos casos os roteiros das colonizações alemãs e italianas.
Os principais núcleos da colonização polonesa no Estado constituíram-se nas seguintes Regiões e Municipios:
· Vale do Rio Itajaí (Brusque, Guabiruba, Blumenau, Indaial, Rios dos Cedros, Benedito Novo)
· Região Norte (São Bento do Sul, Rio Negrinho, Campo Alegre, Papanduva, Itaiópolis, Mafra, Três Barras, Canoinhas, Major Vieira, Monte Castelo, Bela Vista do Toldo, Rio do Campo e Santa Terezinha).
· Alto Vale do Rio Tijucas ( Nova Trento e Major Gercino)
· Foz do Rio Itapocú (Corupá, Jaraguá do Sul, Massaranduba e Guaramirim)
· Região Sul (Cocal do Sul, Jacinto Machado, Cricíuma, Orleans e Grão Pará)
· Posteriormente, como refluxo das colônias polonesas do Estado do Paraná, dá-se a entrada de descendentes de poloneses no Vale do Rio do Peixe (Porto União, Irineópolis, Rio das Antas, Ipoméia e Caçador) e na cidade de São Lourenço do Oeste.
· Após a primeira Guerra Mundial, tem-se novo ingresso de poloneses na região do Vale do Rio Uruguai (Itá), Alto Vale do Rio Itajaí (Taió, Dona Emma, Rio do Oeste e Presidente Getúlio), Oeste (Fachinal dos Guedes, Chapecó, São João do Oeste e Nova Erechim) e no Extremo Oeste de Santa Catarina (Descanso, Belmonte e São Miguel do Oeste), reimigrantes principalmente das colônias polonesas do vizinho Estado do Rio Grande do Sul.
· Com a segunda Guerra Mundial, tem-se outros movimentos migratórios poloneses detectados no Vale do Rio Uruguai (Mondaí) e no Alto Vale do Itajaí (Pouso Redondo).
A maioria desses núcleos não apresentou exclusividade étnica na sua formação inicial, sendo quase todos mesclados de elementos de outras etnias, com exceção dos atuais municípios de Descanso, Papanduva e Itaiópolis que tiveram suas formações proporcionadas na grande maioria por imigrantes de origem eslava, Poloneses e Ucranianos.
Grande parte desses imigrantes procediam da Alta Silésia, Prussia Ocidental e da Grande Polônia, notamente das regiões de KUJAWY, MAZOWSZE, LÓDZ, KALISZ, POZNAN, MAZÚRIA, SIERADZ, GDANSK, STAROGARD, GALÍCIA, KROSNO, KONIN, OPOLE. Valorizavam sobretudo três coisas: a religião, a pátria e a cultura, e se preocupavam muito em alfabetizar seus filhos.
Cabe ressaltar que algumas cidades catarinenses, embora não constituísse núcleos de colonização, receberam inúmeros descendentes de imigrantes poloneses que ali se estabeleceram colaborando expressivamente, como Joinville, que contou a partir de 1851 com a presença de Jerônimo Durski músico e professor, um dos fundadores da Colônia Dona Francisca, mais tarde intitulado Pai das Escolas Polonesas no Brasil, e o município de Gaspar que recebeu o Padre Antônio Zielinski, Francisco Mocko e Edmundo Wós Saporski, este último responsável pela promoção da colonização polonesa no Brasil Meridional.
Dentro deste contexto, a Região da Grande Florianópolis que não foi foco da imigração polonesa, recebeu no final do século passado e início deste século um grupo de famílias aqui se estabeleceram, vindo inclusive a fundar no dia 16 de julho de 1899 a Sociedade 3 de Maio, cuja sede situava-se na Rua Duarte Schutel nº 55, no centro da Capital. Posteriomente inúmeros descendentes de imigrantes poloneses, que vindos principalmente do interior do Estado e dos vizinhos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná, se estabeleceram na capital catarinense, formando um núcleo bastante numeroso e eclético.
Essa corrente de imigrantes poloneses e seus descendentes marcou também a paisagem das localidades onde se estabeleceram, especialmente no campo agrícola, cultivando espécies de clima frio, como trigo, cevada, centeio, aveia, batata e introduziram um meio de transporte tão comum na Região Norte do Estado, a “Carroça Polaca”.
Além disso, temos a chegada em Brusque de imigrantes poloneses originários em grande parte da região de TOMASZÓW e LÓDZ importantes centros têxteis da Polônia, que se dedicaram a uma atividade pioneira: a indústria têxtil. Com apoio financeiro e orientação de Carlos Renaux, os poloneses conhecendo bem o ofício de transformar fios em tecidos, construiram os primeiros teares de madeira. Os tecelões de LÓDZ lançaram um novo ritmo de trabalho à cidade e foram os operários pioneiros na indústria têxtil de Santa Catarina, a eles não é negado o reconhecimento do povo Brusquense, a cidade ainda hoje rende homenagens de gratidão.
Não podemos esquecer, a epopéia de Maximiliano Gaidzinski, filho de imigrantes poloneses, quecomeçou a história de uma grande empresa catarinense: a ELIANE, produzindo revestimento cerâmico, pisos e azulejos, revolucionando a produção cerâmica no Brasil. A marca ELIANE é hoje conhecida internacionalmente. A história da ELIANE se confunde com a história dos municípios de Cocal do Sul, Forquilhinha, Morro da Fumaça, Cricíuma e de outras tantas localidades que de alguma maneira mantêm vínculo com o grupo.
Neste contexto, temos que referenciar a visão empreendedora e criativa de inúmeros descendentes que se destacam na Região Norte do Estado, o maior núcleo da etnia polonesa que atuam no ramo industrial, comercial e cultural, principalmente nas cidades de São Bento do Sul, Mafra, Itaiópolis, Papanduva, Canoinhas, Porto União e Rio Negrinho, que dignificam a gente polaca catarinense.
Vale ressaltar que o fato de os poloneses serem um grupo étnico minoritário em Santa Catarina , o mesmo foi pouco pesquisado e destacado pelos historiadores e esquecido muitas vezes pela classe política em geral.
Entretando podemos constatar que foi através do Estado de Santa Catarina que individualmente aportaram inumeros poloneses, que aqui vieram seguindo o caminho dos alemães e italianos e que posteriormente decidiram em solo catarinense um plano para fundar e criar colônias polonesas em nosso Estado e no vizinho Estado do Paraná, além de ser o Estado que recebeu as primeiras famílias de imigrantes poloneses que se estabeleceram no Brasil.
Desta forma, verificamos que nas mais diversas paragens, localidades e cidades, os poloneses e seus descendentes com o esforço e perseverança coletiva da família, se integraram na sociedade catarinense contribuindo decisivamente para o seu desenvolvimento.
Sabedores da contribuição que os poloneses deram ao desenvolvimento sócio-econômico e que ajudaram na formação da paisagem catarinense, com suas coloridas casas com lambrequins nas varandas, suas carroças enfeitadas, sua religiosidade, sua música e seu folclore, mais do que justo estamos comemorando neste mês de agosto de 2008, os 139 anos da imigração polonesa em Santa Catarina.
Este momento que estamos vivenciando, permite que a gente polaca catarinense, aliada à riqueza cultural e à privilegiada paisagem natural que compõe o território estadual, conte a sua história e apresente sua cultura aos demais grupos étnicos formadores da gente catarinense, que unidos acabaram por fazer deste pedaço do Brasil um maravilhoso lugar para se viver.
Bom conteúdo histórico, mas não consta uma listagem de indivíduos ou famílias polonesas seus respectivos embarques e desembarques no Brasil e região onde se assentaram, talvez isso ainda possa ser acrescentado, assim ficara uma excelente fonte de consulta da cultura polonesa, grato.
ResponderExcluirOlá, você pode entrar em contato comigo, por favor?
ResponderExcluirProcuro dados das famílias Lubaski e Michalak no norte de Santa Catarina.
Muito obrigada.
Olá eu sou lubaski bisneto de Vicente LUBASKI e Paulina semeniuk neto de João lubaski e Ana lubaski
ExcluirOlá. Sou neta de Francisco e Wanda Lubawski. Meu pai chamava-se Vicente Lubawski.
ExcluirSou Cristiano Lubaski neto de Carlos Lubaski, filho de Daniel Lubaski
ExcluirObrigada pelo contato. Vocês são de Brusque? Ou Massaranduba?
ExcluirPor favor me ajudem.Sou ADENOR DARABAS,solicito a lista de
ResponderExcluirentrada dos meus ancestrais no Brasil.Desembarcaram no Rio de Janeiro em 1891, ficaram provavelmente na ilha das flores,com o sobrenome, DARABBASCH, BARABAS ou DARABASZ.Foram assentados
Sim, chegaram no porto do rio de Janeiro em 28/12/1890 e saíram da Hospedaria Ilha das flores dia 01/01/1891 rumo a desterro. Vai nesse site, clica em Consulta e escreve Darabas https://bases.an.gov.br/ . Achei o registro da ilha das flores no arquivo nacional. Se tem algum material coloca ai.
ExcluirPelo que vi veio uma família só com esse nome Alexander Darabas 33 anos com seus 6 filhos (esposa Marianna 34a, filhos Boleslaw 9m, Josef 8a, Marianna 3a, Michalina 12a, Stefania 4a, Wladislaw 6a). O nome tanto no registro do porto como no registro da ilha das flores é assim mesmo "Darabas"
ExcluirMeus ancestrais foram assentados na gleba de Acioli Vasconcelos, mais precisamente nas localidades de Linha Batista, Linha Cabral ou Linha Três Ribeirões. Preciso saber quantos vieram da Polônia.
ResponderExcluirMuito obrigado por sua postagem tão educativa sobre este povo maravilhoso. Espero que tanto os descendentes de imigrantes poloneses como ucranianos consigam sempre preservar seus lindos idiomas ancestrais como suas tradições diversas!
ResponderExcluirola,procuro origem do sobrenome civinski,obrigado
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ResponderExcluirEstou há muito procurando minha origem polonesa,mas nos documentos que tenho o sobrenome varia muito Vacimeski, Wadzenski, (V)Wasnievski, (V)Wonsnievki, Wanchinhevski e Wonchinhevski de minha avó paterna, Estanislava,batizada em Orleans/SC, filha de José Vacimeski e Branislava Matias Bruninski.
ResponderExcluirOla sou da familia Kantowicz ou Kantoviscki, se alguem tiver imformações, agradeço.
ResponderExcluirOlá, procuro meus ancestrais.. Modzelewski, karmierski e Gibiluca.
ResponderExcluirSe alguém souber podem me ligar 51-99868-0800
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ResponderExcluirse alguem tiver conhecimento da familia Michaski que veio da Polonia radicouse primeiramente em Porto Belo e posteriomente subiu em direção ao Vale rio tijucas (major gercino hoje)
ResponderExcluirolá procuro por meus ancestrais, sobre nome wroblwski e pycz,se alguém puder me ajudar agradeço, ambos são poloneses....
ResponderExcluirWróblevski? de onde?
ExcluirProcuro informações sobre meus ancestrais, eles vieram da Polônia entre 1887-1900. Família RANAKOSKI, podendo variar para RANACOSKI, entre outros. Sendo o patriarca Félix Ranakoski, era casado com Aghata Ranacoski. Vieram apenas o casal, e seus quatro filhos da Polônia, pela história que conhecemos, teria vindo apenas esta família de "Ranakoski" de lá. Caso possua alguma informação, favor entrar em contato pelo e-mail: mariani.ranakoski@gmail.com
ResponderExcluirOlá sou Ramackoski.
ExcluirTbem gostaria de saber de onde Vietnam Sawiniec, chicosski ou sicoroski. Se estabeleceram em Cândido de Abreu no Paraná.por favor se alguém poder me ajudar agradeço muito meu imail.jc_ Oliveira@ hotmail.co.uk
ResponderExcluirBoa tarde
ResponderExcluirGostaria de uma ajuda para localizar informações da entrada, em SC, de WRÓBLESKI (Estanislau, Josepha e Lourenço)
Agradeço sinceramente Bernardete
Enviar msg para bernawru@gmail.com
Entrada: 1889 vindos de Lódsz
ResponderExcluirProcuro descendentes da família Pieckarski! Soube que quando meu avô desembarcou no Brasil ele foi residir em três barras.
ResponderExcluirProcuro descendentes de Kaluzny, Slabiski, Drosny, Osinski
ResponderExcluirBoa noite sou filha de Francisco slabiski.neta de José slabiski...
ExcluirOla meu filho esta em busca da cidadania polonesa e precisamos de informaçoes sobre as familias Zaranski e Komuchena que se assentaram na regiao de Itaiopolis. Agradeço se nos ajudar nesta busca!
ResponderExcluirOlá busco informações da família Kaminski sei que residiram em Florianópolis em 1914, Francisco Kaminski Stefania kaminski vieram da Polônia.
ResponderExcluirOlá busco informações da família Kaminski sei que residiram em Florianópolis em 1914, Francisco Kaminski Stefania kaminski vieram da Polônia.
ResponderExcluirOlá, também procuro informações dos Kaminski, sou de Joinville, mas minha família estão espalhadas nasceram em Porto união, tem gente em Curitiba, a muigem do meu avô era de Florianópolis ela aderiu ao sobrenome Kaminski.
ExcluirBoa tarde Fábio qual é o nome de seu avô ,o meu bisavô morou em São Matheus pr também.
Excluiraqui onde eu moro Major Vieira SC tem bastante pessoas co o sobrenome Kaminski
ExcluirSei tao pouco dos meus avós paternos. Minha avó Wanda Lubawski faleceu muito cedo, mas seu marido Francisco Lubawski casou-se novamente. E meu pai(Vicente Lubawski) e seus 3 irmãos foram abandonados e nunca mais tiveram notícias. Meu pai nasceu em 1933 e faleceu em 1993.
ResponderExcluirBoa tarde! Eu achei alguns Lubawski ao fazer a árvore genealógica da minha família por parte dos Klimkowski, tenho um Francisco Lubawski nascido em 01/10/1907 em Massaranduba/SC, seria esse o seu avo? Dele pra baixo não tenho nada, apenas o nome dele, dos irmãos, pais ,tios, avose e bisavos
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ExcluirOi...você consegue me passar essas árvore? Francisco Lubawski era meu bisavô... minha mãe ficaria muito feliz... gisele.mirandasc@gmail.com
Nome do tataravó e Francisco Lubawski de massaranduba
ExcluirPode entrar em contato susane.lubawskiii@gmail.com
Lindo trabalho...gostaria saber se alguém sabe onde as famílias Rowinski ficaram em SC...se habitaram Papanduva...obrigado...
ResponderExcluirOlá, gostaria de informações sobre a familia Kanarek. Sou Filha de Eduardo Kanarek sobrinho, neta de João Kanarek e Bisneta de Francisco Kanarek, se alguém tiver informações de quando nossa familia desembarcou no Brasil, e quando eu ficaria muitissimo agradecida.
ResponderExcluirA minha vó era kanarek Bruneslava kanarek o irmão dela se chamava Estefan kanarek
ExcluirOlá, e você tem mais informações, tipo quando vieram para o Brasil e aonde fixaram residencia...nome de filhos, irmãos...abraço!
Excluiroi sou jucelito kanarek, filho de jose kanareki, neto de henrique kanareki e sophia sizesk kanarek. sou natural de criciuma
Excluirprocuro por helena novaczki veio ao brasil com 13 anos viajando de navio por 90 dias e desembarcou em Porto alegre,depois seguiu para virmond Paraná, se alguém tiver informação me avise
ResponderExcluirProcuro imforinform sobre João Navrosky e Anna Navrosky que eram poloneses e moravam em Canoinhas SC.
ResponderExcluirMeu nome é Arianne Navroski, meus antepassados tbm estavam em canoinhas, abaixo está meu e-mail para conversamos arianne.navroski@gmail.com
ExcluirOla procuro a origem alguem que conheça ou conheceu ludovico stanquevich sou neto nunca o vi e meu pai teve pouco contato com ele quando pequeno, quero fazer minha arvore geniologica e noa sei nafa desse nome nenhim parente.
ResponderExcluirMeu bisavô Clemente schawarski era casado com polonesa que até hoje eu ainda não descobri o sobrenome dela pois ela c casando com schawarski perderia o sobrenome dela !
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ResponderExcluirBom dia procuro pela origem do sobrenome Soupinski meu avô se chamava Leonildo Emildo Soupinski e meu Bisavô.Jacob Soupinski se alguem puder me ajudar.
ResponderExcluirBoa tarde gostaria de saber sobre o sobrenome kislarck
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