terça-feira, 14 de setembro de 2010

SAUDOSA MEMÓRIA DE TADEUSZ CHROSTOWSKI
(Pamięci Tadeusza Chrostowskiego).
T. Janczewski.
Curitiba, Nakładem Związku Towarzystw Polskich “Kultura” 1923
Tradusido do original Ruy C. Wachowicz, 1971.
(Maszynopis)


" AS MINHAS VIAGENS AO PARANÁ, ATRIBUO SOMENTE AO  FATOR,   QUE AS   PESQUISAS CIENTIFICAS DOS POLO­NESES NA AMERICA DO SUL,  NÃO FORAM INTERCEPTADAS. POSSUEM ELAS, CERTAMENTE, UM CONTATO ENTRE  ESTES, OS  QUAIS JÁ  PASSARAM E  OS  QUAIS HÃO DE VIR".
T.Chrostowski - (Paraná)
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SAUDOSA MAMÓRIA DO T. CHROSTOWSKI.

Poucos homens  existem com espírito de  crebilidade impregnada de  simplicidade, visando somente bem estar da humanidade em vez do seus  próprios   lucros materiais.  Não são esganados o dinheiro que tratam como meio, como instrumento  de trabalho e despresam seu  próprio conforto. Homens desta natureza          edificam o futuro e destes  que a humanidade tem  proveito o não dos que acumulam fortunas materiais.  Um dos  seres humanos  uteis  à  ciência  foi   o T. Chrostowski. Nasceu em 1878 em Varsóvia. Desde sua  tenra idade possuia tondência para as pesquisas no mundo da história natural. Logo que terminou o ginásio concluiu serviço militar nas  fileiras de "Tsar"  ingressou na Universidade  de Moscou – galgando ciêcias   Físicas  e Naturais.   Porém,   não  permaneceu muito tempo   por  lá. Quando no segundo ano dos  estudos,   foi   proso e  deportado   para Sibéria no decurço de 3 anos,   por ter tomado  parte na  conspiração contra o déspota Russo. A região em que  pormaneceu todo este  tempo foi  a de estuário Rio Obi.
Quando voltou,  rebentou a  guerra de  1905 entre Rusia e Japão.   Como  oficial, da   reserva Russa,   passou toda     guerra na Manchuiria comandando um batalhão da infantaria. Durante a  guerra,   como durante a revolução de  1905,  aliou-se com   Partido Social Revolucionário no  Oriente,   agindo contra  o Tsar.
Quando em 1907,  voltou  para a   Polônia o  proseguiu os estudos  de  sua vocação,   ao mesmo tempo trabalhando para  manutenção. Sob o dominho Russo, o cientista polonês não tina condições de trabalhar. Vivia com conciencia revoltada por que, com seu esforço iria contribuir mais ainda de russificar a sua Patria. Possuidor do inquebrantavel desejo de efetuar viagens  de pesquisas   nos paizes pouco explorados, resolveu concretisar seu sonhos. Tinha por guia  sou antecessor Konstantino Jelski, o qual apos    malogrado levante de 1863 contra a Rússia - escolheu a Guiana Francesa e Perú como campo de pesquisas.
Tadeu Chrostowski apôs escrupulosas oconomias em  1910, veio ao Paraná como simples emigrante o estabeleceu-se na  colônia  Federal em Vera Guarani.

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Adquiriu shacara,   bem na margem do Rio Iguaçú c comessou a  penosa tarefa  de agricultor,  n jnstruiu,  como costume    um ranchinho do rachas,  fes  sercado,  roça e começou o apiario. Aos  domingos  engolfava-se     com a espingarda no sertão.  Cassando ob­servava a   pujansa da  fauna  e  flora  brasileira.  Tirava   cuidadosamente as  pelicolas dos  pássaros  o bichos   que  caçava.Dedicou atenção ospecial  ao mundo    da  ornitologia. Depois  de um ano o meio de permanencia,   notou,   que trabalhos  na  lavoura          absolvo-lho  todo tempo  o  não sobra       ra  dedicar-se as   pesquisas.  Lovou também em        considoração, que  o agricultor  para conseguir sobreviver deve  casar-se,  mas  o casamentopara um cientista é um atrapalho,  desintendimento, e fim das  pesquisas. Veio a hora  de  decidir a  sua sorte.   Liquidou a  chácara e fez uma  escursão pelo sertão de  Ivai,  até  a desembocadura do Rio dos Índios. Em 1911  já foi  possuidor de  bela coleção  cientifica da faua  e flora  brasileira.   Embarcou  para a Europa e  levou consigo  a coleção que tanto almejava.
Checando à Varsóvia,   conseguiu um emprego num escritório vulgar,  nada  tendo com as  suas tendências       cientificas  e nas horas vagas  clacificava    as amostras trasidas do  Paraná. Desta feita fornecia ao muzeu da família Branicki, que por hora, ainda continuava nas mãos particulares.  Resultado: elaborou clacificação    dos     pássaros  da  rodondosa de Vera Guarani   e   publicou-a  na  revista  científica “Warszawa Towarzystwo Naukowe”.  Um trabalho puramente   cientifico da historia  natural dedicado ao   Paraná -  foi  escrita  por um polonês. Chrostowski   pertencia  aos homens   oue  nunca aredam    perante as dificuldades,   antes de alcansar o seu  objetivo. Dentro de  pouco tempo começou a   planejar sogunda  viajem para dar a continuidade a seus trabalhos no Paraná.  
Esforços  de  obter auxilio  por  parte do Muzeum Branicki falharam.   Os  herdeiros  desta valiosa  instituição, não seguiram o  ideal dos seus antecessores, mas sim, promoviam festas em Paris, com ar de aristocratas.esquecendo-se do valioso museu.        Chrostowski por sua vez tomou conhecimento com célebre naturalista Alemão, HELLMAYER em Mónaco, conhecedor de ornitologia Sul Americana e em troca de auxilio iria os exemplares catados no Paraná.  
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Chrostowski conseguindo assim o finananciamento, empreendeu a segunda viajem ao Paraná no fim do ano de 1913.
 Ao chegar no planalto do Curitiba,  envestiu com entusiasmo o trabalho de completar as suas pesquisas  com adjacências de Curitiba, ou seja Afonso  Pena. Logo depois mudou-se para  Antônio Olinto, onde ao mesmo tompo foi frofossor na escola co­lonial. Sem demoura instalou-se na Tarra Vermelha, no triangulo da confluência dos rios Negro e Iguaçú.Infelizmente o trabalho dele ia interromper-sepor muitos anos. Desencadeou a primeira conflagração mundial em 1914. Cessou a comunicação com a Alemanha e naturalmente o auxilio enciado pelo Hellmayer.  Em face dos graves acontecimentos belicos, ninguem podia executar tranqüilamente nuas atividades. Tadeu Chrostowski liqui­dou os seus  emprendimentos no Paraná e em 1915 voltou para Europa. Não conseguiu chegar a sua Pátria, por que na fronteira entre Suécia e Rusia, foi descoberto por guarda-fronteiras o como tenente de reser­va foi incorporado as forças Russas. Podia livrar-se    das fileiras, somente quando arrebantou a revolução de 1917. Chrostowski aproveitou a oportunidade e chegou a Paterburgo. Aqui pormaneceu quase um ano  e  provou     primeiro o inverno bolchevista. Passando fome e temor, perseguido pelos agentes secretos, assim mesmo consegui achar emprego no muzeu zoológico Russo na Academia de Ciências, onde dedicou-se a classificação as grandes coleções de pássaros brasileiro, trazidos pelos cientistas, viajantes : Langsdorf e Menetriesa do Rio de Janeiro e Minas Gerais Os Bolchevistas fizerm um tratado de paz em Breslau e houve temporária repatriacão dos poloneses. Chrostowski sentindo serco  em seu torno da milicia vermelha, onde vivia ocultando a sua iden­tidade - aproveitou a repatriacão. Até que om 1918 conseguiu juntar-se e com ultimo grupo o chegou a Varsovia. Não demorou o os    Alemões foram expulsos  da Polonia, o sem domoura apresentou-se as forças armadas, esta verz felizmente Polonesas. de tanto sangue derramado om prol da liberdade. Chrostowski sem domora apresentou-se as forças armadas, esta vez, felizmente polonesas.
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         Após a batalha de Varsóvia, com Bolchevistas, na porta de Varsóvia travada em 1920, o Chrostowski foi desmobilizado, passando para a reserva. Nesta oportunidade ocupou um cargo no Museu Nacional de Ciências Naturais de Varsóvia, tendo em sua diração, como especialidade, pássaros Sul Americanos.
         Neste lapso de tempo encontrei-o pela primeira vez, quando convidou-me de tomar parte na IIIª expedição ao Paraná.
         Com persistência concluiu os seus equipamentosnas condições financeiras mais precarias. Até que em fim, no dia 04 de dezembro de 1921 a Expedição polonesa partiu de Varsóvia para galgar sertões brasileiros. Essa expedição, para naturalista Chrostowski era a última. Transpondo a rota marcada, vencendo as mais difíceis peripêciasda viajem pelo Rio Ivaí e o Paraná, aproximando-se da sua rota final, num lugarejo Pinheirinho, no Sudoeste do Paraná chegou a falecer dia 04 de abril de 1923 – como vítima de malária.  Simplesmente a malária seifou a vida preciosa que durante um ano e meio submergia nos sertões do Paraná.
         Era predestinada a sua sepultura nas margens do Rio Iguaçú, na proximidade do seu estuário, assim como tinha construido o seu primeiro ranchinho a treze anos atráz, no seu leito... mas este foi o derradeiro.
         Chrostowski deixou como herança vários trabalhos puramente científicos, descrições das suas viajens ao Paraná e numerosa correspondência na imnprensa da Polônia da emigração. Além de ser cientista, interesava-se vivamente com diversos problemas sociais, observando-os e externava a sua opinhão individual.
         Era o primeiro pioneiro polonês nas pesquisas no campo da História Natural nas terrar do Paraná. O mérito será exclusivamente dele, porque o cientista Polonês contribuiu para conhecimento da terra, onde os colonos poloneses labutam tanto pelo seu progresso.
         Na pessoa do Tadeu Chrostowski desapareceu um valioso cientista, indiscutivelmente um dos melhores naturalistas do Paraná. Além disso, na pessoa do Chrostowski faleceu um destes homens que constroem a Polônia recem nascida, esse que para Ela não medem  nem sacrifícios nem esforços, não conhecem barreiras, nem obstáculos. 

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